Ritmo da construção civil diminui, mas financiamento de imóveis segue em alta

Após uma série de bons resultados alcançados no segundo semestre de 2020, o segmento de construção civil iniciou 2021 em sobressalto, ao ponto da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) rever sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do setor neste ano. A expectativa segue sendo de crescimento, mas ao invés de 4%, projeta-se, agora, 2,5%.De acordo com a Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), de janeiro a março de 2021 o índice que mede a situação financeira das empresas do setor recuou 5,3 pontos em relação ao último trimestre de 2020, somando 41,9 pontos (abaixo da média histórica, de 44 pontos). 

Já o nível de atividade da construção começou a perder intensidade a partir de dezembro e o setor encerrou o 1º trimestre de 2021 em queda: acumulou 44,9 pontos em março, 6,5 a menos do que o observado em agosto de 2020, quando a construção começou a fortalecer o seu ritmo após a queda causada pelo princípio da pandemia.

Dois dos pontos que impactam os resultados da Sondagem Indústria da Construção foram o desabastecimento de matéria-prima e o aumento dos preços dos insumos.

Mercado imobiliário aquecido
Se para as construtoras o otimismo diminuiu, para o mercado imobiliário os números seguem em alta. Após crescimento de 57,5% no ano passado, o volume de financiamentos imobiliários saltou 113% no primeiro trimestre de 2021 na comparação com os três primeiros meses do ano passado.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), as operações entre janeiro e março chegaram ao valor recorde de R$ 43,1 bilhões, com 187,6 mil unidades vendidas.

O dado é animador para as redes de materiais de construção, já que a compra de imóveis costuma demandar reformas e reparos.

 

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