Conheça a história de uma das primeiras lojas do Grupo Nikkei, exemplo na sucessão familiar

Em julho, uma das primeiras lojas do Grupo Nikkei em Campinas (SP) completará 29 anos de existência. O espaço – pontapé inicial nos negócios da rede, que atualmente conta com oito lojas associadas na região da cidade – representa um modelo a ser seguido em relação à sucessão familiar, modelo bastante comum no segmento do varejo de matcon. Para entender melhor o desenvolvimento dessa rede, o portal Febramat conversou com a proprietária e gestora da loja, Paolla Sakuma, profissional à frente das principais decisões da companhia ao lado do pai, Edson.

Origens

Em 1995, após retornarem de uma temporada no Japão, os pais de Paolla se mudaram para Campinas com o objetivo de montar uma loja de materiais de construção – um familiar já atuava no ramo com sucesso. “No início o espaço era um ponto alugado, mas, passado cerca de quatro anos, meu pai conseguiu comprar um terreno e construir o estabelecimento, no mesmo lugar onde ela está até hoje”, comenta a gestora.

Desenvolvimento

O bairro no qual a loja se localiza, atualmente um dos mais populosos do município, estava em crescimento naquela época. Isso significa que toda a estrutura para a população (como bancos, Correios etc.) ainda seria instalada por lá. Com a mudança nos arredores, a loja teve de se adaptar aos perfis de consumidores ao longo das décadas. “Sempre buscamos oferecer aos nossos clientes uma boa variedade de produtos, com preços atrativos, e um atendimento de qualidade – desde a compra em si, até a entrega e o pós-vendas”, reflete Paolla.

A renovação física também esteve nos planos do grupo: recentemente, a loja passou por uma reformulação total. A fachada foi reformada, assim como todo o espaço interno, que acabou ampliado, ganhando gôndolas mais baixas para melhor visualização dos produtos e impulsionamento às compras – com isso, o foco passou a ser o autosserviço. As obras duraram cerca de um ano, e durante esse tempo o estabelecimento funcionou todos os dias, contando com a paciência e colaboração de clientes, fornecedores e funcionários.

Sucessão familiar

Segundo Paolla, seu pai não pensa em parar tão cedo. Ela prefere que o processo de transição seja mais lento, para garantir que as muitas questões envolvendo o dia a dia da empresa não fiquem de lado. “O maior desafio na sucessão é a mudança de hábitos e processos que envolvem o ‘velho’ e o ‘novo’. A minha geração tem algumas facilidades que até um tempo atrás não estavam disponíveis ou eram pouco abordadas. Hoje já nos tornamos reféns de algumas ferramentas que nem existiam na época de nossos pais”, comenta.

Interação com clientes

Uma dessas facilidades modernas é o ambiente digital, que permite um nível de interação com os consumidores jamais imaginado décadas atrás. “Com a comunicação por meio de aplicativos como o WhatsApp, conseguimos converter vários orçamentos em pedidos sem a necessidade presencial do cliente”, revela Paolla, frisando, porém, que a atenção primordial da empresa será para o cliente efetuando suas compras presencialmente. “Sabemos que a caminhada para a exploração desses novos recursos é bem longa, e que o setor de matcon se mostra ‘tímido’ a novidades, mas acredito que precisamos nos adaptar.”

Associativismo

Por fim, mas nem por isso menos importante, o Grupo Nikkei também tem uma atuação consistente no incentivo ao associativismo. Segundo Paolla, o fator que mais vem à mente da maioria das pessoas quando se toca no tema são as negociações para compras conjuntas. No entanto, existem outros elementos muito mais importantes: “O que vale é a experiência que o associativismo agrega, a confiabilidade que dá às empresas”, afirma.

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