Virada Ambiental 2023 incentiva plantio de árvores de olho na preservação ambiental

Foi realizada na quarta-feira, 22 de novembro, a 5ª edição da Virada Ambiental 2023, no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, arredores de Goiânia (GO). A expectativa dos organizadores era plantar, no mínimo, mil árvores para cada um dos 240 municípios participantes da ação a partir do dia 22. Das cidades participantes, 195 são de Goiás – e, neste ano, o projeto contou ainda com a adesão de outros 44 municípios de dezesseis Estados, mais o Distrito Federal, marcando presença nas cinco regiões brasileiras.

Alinhada a um dos focos da segunda fase do Projeto Vamos, que visa promover práticas conscientes e inovadoras na área de sustentabilidade, a Febramat iniciará um trabalho para incentivar a participação de suas redes associadas na próxima Virada, em 2024.

O que é

A Virada Ambiental é um projeto de extensão da Universidade Federal de Goiás (UFG) surgido em 2019, fruto do programa UFG Sustentável. Naquele ano, foi feito o inventário de carbono da universidade e, a partir daí, surgiu a ideia de plantar árvores não só dentro da instituição, mas também em outras localidades.

O principal objetivo da Virada Ambiental é sensibilizar para as questões ambientais. “A proposta é fazer um movimento verde em que todos os municípios goianos possam plantar ao menos mil árvores em cada região, e isso faz com que a gente tenha uma maior sensibilidade para a temática ambiental”, afirma o coordenador-geral da iniciativa e professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental da UFG, Emiliano Lôbo de Godoi.

Trabalho

A partir do plantio de árvores para a revegetação de áreas degradadas, ocorre uma maior infiltração de água no solo e, consequentemente, a manutenção de bacias hidrográficas. “A nossa expectativa é de que a Virada Ambiental promova um processo de conscientização e preservação, em especial das áreas de preservação permanente, aquelas ao redor de nascentes e ao longo dos mananciais de abastecimento”, complementa Godoi. A ação também tem importância para a drenagem urbana, diminuindo o escoamento superficial – o resultado é menos áreas inundadas.

A Virada Ambiental envolve um trabalho que dura praticamente o ano inteiro. Anualmente, abre-se um período de adesão dos municípios ao projeto– adesão essa feita de forma voluntária pelas prefeituras. Os locais de plantio, normalmente em áreas degradadas, são escolhidos em cada município, os quais recebem orientações técnicas de como preparar os espaços para receberem as mudas. Ainda há a preparação e seleção das mudas para cada uma das cidades.

“Até 2020, já haviam sido plantadas mais de dois milhões de árvores somente no Estado de Goiás. A partir de 2021, tivemos a participação de outros Estados e, de acordo com a nossa contabilidade, hoje a Virada Ambiental é responsável pelo plantio de mais de 4 milhões de árvores no Brasil”, afirma Godoi. “Dentro de tudo isso, desponta o papel principal da UFG, que é uma instituição pública, de devolver para a sociedade parte do que recebe como investimento.”

Novidades

Godoi destaca dois pontos de avanço da edição 2023 em relação às anteriores. Um deles é o início das capacitações de gestores públicos municipais, em uma parceria da UFG com a Escola do Legislativo, para que esses municípios possam ter uma gestão ambiental fortalecida.

Outra novidade é a adesão de municípios impactados pelo rompimento da barragem de Mariana (ocorrido em 2015 e que afetou 230 cidades de Minas Gerais e Espírito Santo). Um desses municípios é Barra Longa, com cinco mil habitantes, cujas ruas, praça central e casario histórico foram atingidos pela lama. “Eu sinto uma gratidão muito grande enquanto servidor público e professor da UFG de poder dedicar trabalhos para a recuperação de áreas dessa maneira”, emociona-se o coordenador-geral.

Parceiros

Desde o início, a Virada Ambiental contou com dezenas de parceiros que desempenharam diferentes papéis, um ajudando o outro. “A palavra-chave do projeto é parceria, pois ele jamais existiria se não fossem os parceiros institucionais e pessoas físicas participantes. Essas instituições nos permitem ter uma grande capilaridade, nos fazendo chegar às prefeituras, que é onde tudo acontece. Afinal, o problema ambiental está no município, não no Estado e nem na União. Se não fossem as parcerias estabelecidas, a gente não teria essa abrangência tão grande”, afirma Godoi.

Alguns dos parceiros históricos da Virada Ambiental: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad-GO); Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa-GO); Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater); Confederação Nacional de Municípios (CNM); Associação Goiana de Municípios (AGM); Receita Federal; Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma-GO); Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) – por meio da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Saneago; Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO); União dos Vereadores do Estado de Goiás (Uvego) e Federação Goiana de Municípios (FGM).

Estados e municípios participantes

– Minas Gerais (dezesseis municípios): Abaeté, Barra Longa, Campo Belo, Capetinga, Carmópolis de Minas, Curral de Dentro, Dom Bosco, Fronteira, Machacalis, Martinho Campos, Santa Rita de Caldas, Santa Rosa da Serra, Santana da Vargem, São João do Paraíso, Três Marias e Unaí;

– São Paulo (sete municípios): Anhembi, Ipiguá, Salto, Santa Gertrudes, São José do Rio Pardo, Silveiras e Ribeirão Corrente;

– Bahia (três municípios): Macajuba, Itororó e Érico Cardoso;

– Paraíba (três municípios): Pedras de Fogo, Princesa Isabel e São Bento;

– Ceará (dois municípios): Itapipoca e Várzea Alegre;

– Rio Grande do Sul (dois municípios): Cerro Grande do Sul e Gramado;

– Sergipe (dois municípios): Nossa Senhora de Lourdes e Pedrinhas;

– Rio de Janeiro (um município): Armação dos Búzios;

– Maranhão (um município): Bom Jardim;

– Rio Grande do Norte (um município): Carnaúba dos Dantas;

– Alagoas (um município): Maceió;

– Mato Grosso (um município): Nobres;

– Pará (um município): Nova Ipixuna;

– Tocantins (um município): Rio da Conceição;

– Santa Catarina (um município): Saudades;

– Paraná (um município): Terra Boa;

– Distrito Federal.

 

*Conteúdo produzido a partir de material da Secretaria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás (Secom UFG)

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