“A troca de experiências ajuda na solução de problemas” – entrevista com Rede Construvip Litoral

Uma década de atividades no setor! A Rede Construvip Litoral, sediada na Praia Grande, em São Paulo, completa dez anos de existência este mês. Fundada em 2015, surge como resultado da união de duas redes que atuavam no litoral paulista e já faziam parte da Febramat (Rede Costamar e Redelar). Atualmente, conta com dez lojistas espalhados pelas regiões da Baixada Santista e do Vale do Ribeira.

De forma a celebrar seu aniversário, a companhia é o tema da vez da seção “Nossas redes têm história”, na qual contamos a trajetória dos associados da Febramat. A entrevista foi feita com parte da diretoria da Rede Construvip Litoral: o presidente José Gomes, a vice-presidente Alexandra Oliveira e a tesoureira Luciana Martins.

Como surgiu a ideia de criar uma rede nova a partir da fusão de outras duas?
Por meio do Enare, evento promovido pela Febramat, a Costamar e a Redelar se tornaram próximas. Como as duas tinham seus centros de distribuição na Praia Grande, com estruturas semelhantes, iniciaram um processo de ajuda mútua buscando desenvolver esse modelo de negócio. Não demorou muito tempo para que entendessem que a união delas só traria benefícios, diminuindo custos e somando forças. Claro que concessões e ajustes foram necessários em nome de um melhor resultado para ambas, mas o objetivo final foi o de equalizar o processo das redes para ampliar a visibilidade e as vantagens nas negociações para os lojistas. Inclusive o próprio nome da nova rede nasceu da ideia de dar força a redes já existentes dentro da Febramat.

Quais momentos marcaram a trajetória da rede nesses dez anos?
A própria fundação dela foi um momento histórico, por conta da complexibilidade de unir concorrentes de loja, conseguir equalizar todos os processos e rever o que de melhor cada lado possuía na criação do novo negócio, sem apegos. São vários casos e questões importantes que se somam à vantagem de preço e aos retornos de parceiros para investir no negócio, como negociação com cartão, plano de saúde, agência de marketing, escritório de advocacia, contabilidade, sistema de gestão. A troca de experiencias ajuda na solução de problemas. A parceria, amizade, integração, suporte emocional, apoio – coisas que o dinheiro não compra – são o ponto alto da união que o associativismo proporciona.

Como é escolhido o comando da rede?
Por meio de eleição. A diretoria da rede é eleita bienalmente pelos lojistas.

Quais os principais desafios pela rede lá atrás, no início das atividades? Diferem muito dos desafios encontrados hoje?
No início, nosso desafio foi entender, viabilizar, consolidar, estruturar e concretizar nossa rede. O problema de hoje é conscientizar novos lojistas sobre a necessidade de nos organizar em rede para fazer frente a situações que sozinhos não temos, e não teremos, a menor chance de enfrentar. Ter melhores preços e condições comerciais é apenas a ponta do iceberg nesse mercado digital e globalizado de atualmente.

Por que é importante para vocês fazerem parte da Febramat?
Além de troca de experiências, busca de soluções e apoio para demandas pertinentes ao desenvolvimento da rede e dos lojistas filiados, prezamos estar informados, acompanhando a evolução do mercado para poder se antecipar com ações que garantam a sobrevivência e a lucratividade do nosso negócio. Isso o associativismo garante para nós.

Há algo mais sobre a rede que gostariam de compartilhar?
Gostaria de compartilhar sobre como escolhemos nos adequar para o futuro de nosso negócio, pois estamos novamente nos reinventando. Para uma rede pequena como a nossa, a estrutura tem de ser leve e flexível, de forma a possibilitar a entrada de novos lojistas. Desmontamos a operação do nosso CD, pois o Estado de São Paulo não contempla benefícios para essa modalidade, o que acaba por engolir a economia das compras conjuntas. A estrutura que um CD demanda para funcionar depende de investimentos – o que, por acontecerem de forma paulatina, são perfeitamente suportáveis. No entanto, quando novos lojistas querem entrar, representam uma “joia” significativa. Por isso, optamos por voltar a ser associação. Estamos trabalhando, nos transformando e nos readequando a toda essa nova realidade.

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