Estudos sugerem segundo semestre de crescimento para a construção

Dois estudos apontam para a possibilidade de bons resultados para a construção civil neste segundo semestre. O Índice de Confiança da Construção, principal indicador da pesquisa Sondagem da Construção, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), subiu 0,9 ponto no mês de julho, alcançando a marca de 97,3. Esse é o maior nível desde fevereiro.

Além de a interrupção da queda da taxa Selic não ter afetado a confiança setorial, o segundo semestre começou com a recuperação das expectativas empresariais em relação aos negócios e à demanda nos segmentos de Edificações, Infraestrutura e Serviços Especializados. “Embora a avaliação referente à situação corrente tenha ficado estacionada em um patamar de pessimismo moderado, o indicador de evolução recente segue registrando o melhor resultado desde novembro de 2022”, comenta Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE. “A sondagem sinaliza que o setor se mantém aquecido e as empresas estão confiantes na continuidade do ciclo de crescimento pelos próximos meses.”

Apesar disso, a contrapartida a esse cenário de alta da atividade é o aumento dos custos setoriais, especialmente os relacionados à mão de obra – há três anos, o aumento dos preços das matérias-primas era a principal dificuldade dos negócios no setor.

Crescimento ainda maior
Outra boa notícia foi a revisão para 3% da previsão de crescimento econômico da construção civil para 2024 pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). De acordo com a entidade, são várias as razões para o aumento da previsão, incluindo: a projeção positiva para o crescimento da economia brasileira no ano (de 1,85% no final de março de 2024 para 2,15%, conforme relatório Focus, do Banco Central); a resiliência do mercado de trabalho nacional, com mais de 1 de milhão de novas vagas com carteira assinada criadas até o fim de maio; o incremento mais forte do financiamento imobiliário com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); e as expectativas positivas dos empresários da área da construção civil para novos lançamentos imobiliários, maior geração de emprego e compra de insumos.

Segundo o estudo, os empresários também estão com boas expectativas para o nível de atividades do setor, apontando para isso fatores como a queda da taxa de juros (apesar de ainda considerarem o patamar elevado), as novas medidas do programa Minha Casa, Minha Vida e a expectativa em torno do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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