Especial: os impactos da Inteligência Artificial no setor de varejo

A Inteligência Artificial (conhecida pela sigla IA) já é realidade em diversos segmentos: indústria, audiovisual, softwares… e também no varejo. Segundo a pesquisa Inteligência Artificial no Varejo, conduzida pelo portal Central do Varejo, 47% dos varejistas brasileiros já usam a IA em seus negócios. Sabendo da importância do tema, o portal Febramat traz esta reportagem especial, que busca entender os impactos da tecnologia no setor – e como nossas empresas podem se preparar para isso.

Afinal, o que é IA?
O conceito faz referência a aplicações tecnológicas que executam automaticamente diversas tarefas que exigem interação humana. Dessa forma, a IA permite que dispositivos e programas de computador reproduzam os padrões de nosso comportamento para realizar tarefas que, até pouco tempo atrás, apenas nós poderíamos dar conta – do controle de maquinários a trabalhos criativos, como escrita de textos ou criação de vídeos.

Qualquer empresa, sejam de pequeno, médio ou grande porte, pode ser ajudada pela IA, pois ela tem a função de:

  • Simplificar as operações do dia a dia;
  • Melhorar processos;
  • Melhorar a tomada de decisões dos gestores;
  • Reduzir gastos;
  • Aprimorar a experiência dos clientes.

A IA e o varejo
Voltando ao estudo da Central do Varejo: conduzido de abril a junho deste ano, ele contou com a participação de 307 varejistas brasileiros. As empresas que incorporam IA em suas operações utilizam-na principalmente nos setores de marketing e vendas – e talvez até você pode estar aplicando essas tecnologias sem saber. De acordo com os respondentes da pesquisa, as principais áreas em que usam IA são:

  • Atendimento ao cliente via chatbots (56%)
  • Criação de conteúdo de marketing (50%)
  • Personalização da experiência do cliente (36%)
  • Análise de tendências (34%)
  • Automatização de relatórios (25%)
  • Prevenção a fraudes (22%)

Ou seja, a IA contribui para a administração de vários processos importantes na rotina do negócio, como a escolha de produtos a serem comercializados, prevendo inclusive mudanças nas demandas; as estratégias de marketing; o processamento de pedidos; a gestão de estoque; a segurança de dados em sites e e-commerces; a organização do suporte ao cliente; e o atendimento no pós-venda, entre outros.

Benefícios = satisfação garantida
O estudo revela ainda que quem usa IA percebeu melhorias rapidamente: 84% dos varejistas relataram aumento de eficiência nos processos, enquanto 42% perceberam redução de custos. Além disso, a satisfação do cliente melhorou para 39%, sendo que 36% notaram aumento nas vendas.

E mesmo quem ainda está fora dessas tecnologias também se interessa pelo tema: 46% dos varejistas que não utilizam IA demonstram intenção de adotá-la em curto prazo, enquanto 47% pretendem avaliar o assunto.

Cuidados a serem tomados
Outro estudo, dessa vez da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), indica que 74% dos varejistas relatam aumento na receita graças às novas tecnologias. A empolgação com esse futuro de evolução, que já é visto no presente, vem de todos os lados, mas é importante ter cautela – principalmente na forma de aplicar a IA.

É o que afirma, Rodrigo Brandão, gerente de marketing digital da Espaço Smart, em artigo publicado no Cliente SA: “Ter discernimento quanto às diferenças, não só na questão da idade, mas no próprio setor de atuação, local do estabelecimento, entre outras variáveis, é crucial para desenvolver estratégias de marketing que realmente sejam efetivas para aprimorar a experiência de compra de todos os públicos”.

A adoção da IA não pode ocorrer apenas para seguir uma tendência em alta. “A tecnologia deve ser implementada de maneira estratégica, integrada aos valores e propósitos da empresa, com um time engajado e uma cultura centrada no cliente”, explica Brandão. Caso contrário, pode haver resistência para a implementação dessas tecnologias, o que não gerará o desenvolvimento esperado – por parte dos gestores e também dos consumidores.

Fica a lição de casa para os varejistas do setor de matcon: estudar o tema e avaliar o que pode ser integrado a sua empresa.

Compartilhe!

Deixe um comentário